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Com o lançamento de "Call of Duty: Modern Warfare 2" marcado para o mês de novembro, a maioria das distribuidoras resolveu adiar seus maiores games para evitar a competição com o avassalador jogo de tiro da Activision. No entanto, um jogo do mesmo gênero teve a coragem de encarar o badalado título de guerra no lucrativo período de fim de ano, oferecendo uma proposta bastante diferente.
"Left 4 Dead 2" chega aos PCs e Xbox 360 mantendo todos os trunfos que fizeram a fama do game original, lançado há um ano. É um game em primeira pessoa que privilegia a ação cooperativa e, como no anterior, coloca quatro protagonistas perdidos no meio de uma infestação de zumbis e outros monstros que assola os EUA. Com novas armas, ameaças, modos extras e melhor polimento, é uma excelente pedida para os fãs do estilo.
Quarteto de morte
Como no lançamento do ano passado, "Left 4 Dead 2" mostra a luta de heróis bem distintos para sobreviver em um ambiente de terror e caos. O jogador, em campanha solo, pode escolher entre a produtora de televisão Rochelle, o mecânico Ellis, o vigarista Nick ou o técnico de futebol americano Coach. O resto do time passa a ser controlado pelo computador. O objetivo, claro, é sobreviver durante os cinco capítulos da aventura, que são apresentados como se fossem filmes, com direito a cartaz e tudo.
Cada capítulo é dividido por cinco estágios, com um evento final que coloca os participantes em um combate exaustivo contra as hordas de inimigos até o momento da esperada fuga. Como se os zumbis corredores não fossem suficientes para dificultar a missão, aparecem ainda criaturas com habilidades especiais, como um sujeito grandão que explode e cria uma nuvem tóxica ou um monstrão que lembra o Tyrant da série "Resident Evil" e sai correndo para esmagar os mocinhos contra paredes e pilares.
Sobreviva ao holocausto zumbi
O companheirismo é a chave para o sucesso, especialmente em momentos mais delicados da narrativa que obrigam os participantes a desligar alarmes, coletar itens ou se encurralar em algum ponto até a chegada do resgate. É preciso cobrir seus aliados e defendê-los, já que os monstros atacam sem dó e apelam para estrangulamentos, explosões e outras abordagens brutais. Ajude seus amigos e eles farão o mesmo por você, inclusive na hora de ressuscitá-lo.
O esquema funcionava muito bem e está ainda melhor graças aos cenários mais abrangentes e complexos. Como o roteiro é mais coeso e desta vez tenta realmente contar uma história, a ação muda de pano de fundo gradativamente, o que aumenta o apego aos personagens ao acompanhar suas jornadas pessoais. Se a tensão batia alto em "Left 4 Dead", agora dá para perder o fôlego durante certas passagens, especialmente nos eventos finais de cada capítulo, como a espera do barco no genial "Hard Rain", que ocorre em uma cidade alagada no meio da tempestade, e a fuga na ponte destruída em "The Parish". Se você tem coração fraco, tenha muita cautela.
Multiplayer matador
Se em modo para um jogador e acompanhado de personagens controlados por computador "Left 4 Dead 2" se mostra excelente, o modo multiplayer revela sua face completa. É possível jogar toda a campanha ao lado de outros três usuários, que podem ser seus amigos ou completos estranhos escalados pelo sistema de gerenciamento online do game.
Além disto, há outros modos muito bacanas criados lá no game original, como o Realism, que se mostra ainda mais nervoso ao limitar as mortes dos heróis e outros recursos normais de jogo, e o Versus, que divide os usuários entre times de humanos e monstros, com direito a utilizar as habilidades especiais das criaturas. Baseado no Versus, surge o novo Scavenge, que coloca o time de humanos para coletar gasolina e alimentar geradores enquanto o grupo inimigo tenta atrapalhar. Entrosamento e comunicação entre os participantes se mostra essencial para o sucesso.
Mais zumbis violentos para enfrentar
Há diversão para muitas horas no jogo, independente da modalidade escolhida, graças também ao sistema de inteligência artificial, batizado de The Director. Com a ferramenta, o game avalia o desempenho dos jogadores em tempo real e regula o posicionamento, comportamento e quantidade de inimigos disponíveis. O sistema, inclusive, avalia os percursos tomados pelos jogadores e pode premiar escolhas ousadas com munições especiais ou armas diferentes, como lançadores de granadas e motosserras, e ainda pode travar ou liberar portas e passagens durante a ação. Desta forma, uma partida nunca é igual a outra.
É verdade que há poucas diferenças técnicas entre esta continuação e o game original, mas elas são facilmente notadas. Há um melhor uso de efeitos de luz e volume, especialmente nos estágios na tarde e, novamente, no espetacular capítulo "Hard Rain", que abusa de chuva, neblina e raios para tornar tudo ainda mais sinistro. Os modelos dos mocinhos parecem mais naturais também, e perdem um pouco daquele olhar de peixe morto comum a jogos do estilo.
A performance se manteve estável e relativamente leve em um PC com configuração recomendada, considerando que é uma aventura maior e mais detalhista do que a anterior. O Xbox 360 se mostrou irregular, especialmente durante o ataque em massa de zumbis, quando deixa cair a taxa de animação e sofre com algumas engasgadas de processamento.
Nota UOL 4,5
Nota metascore 85
Minha nota 9,5
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